GUIA PRÁTICO

PARA REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

  1. Notas e referências bibliográficas

Quando referidas em pé de página (rodapé), fim de capítulo ou no final do trabalho, as notas e referências têm como finalidade: a) referir a obra e o lugar das citações feitas no texto; b)fazer considerações suplementares ou marginais, que não caberiam no texto sem quebrar a sequência lógica do discurso; c) remeter o leitor para umas partes do trabalho, para obras de referência ou para determinado documento em apêndice ou anexo (indicando o seu número de ordem, romano ou árabe).

1.1. A identificação das notas e/ou referências bibliográficas pode fazer-se recorrendo a uma numeração sequencial com algarismos árabes de acordo com o seu aparecimento ao longo do texto ou então pelo uso de uma simbologia convencional [sinal de mais. «, asteriscos, números árabes ou letras do alfabeto (em minúsculo) rodeadas de parêntesis curvos, etc.] no caso específico do recurso ao pé de página1.

  1. Por questões de comodidade na leitura e de complementaridade informativa mediata aconselhamos, sempre que possível, a referir em rodapé (pé de página) notas e referências bibliográficas. Correctamente desinseridas do texto, para não quebrarem a lógica do discurso inerente a cada assunto analisado, as notas, nem por isso devem ser consideradas informações menos valiosas em relação ao contexto geral do estudo apresentado. As reflexões críticas sobre as fontes utilizadas ou quaisquer outras inferências relacionadas com a investigação efectuada. Sempre que se apresentem lógicas e fundamentais à compreensão do texto, todavia desenquadradas da continuidade discursiva, aconselha-se que sejam referenciadas em pé de página para uma leitura fácil e mais rápida.

 

1.2. No caso de se proceder a uma referência bibliográfica, esta não terá, obrigatoriamente. de ser completa. uma vez que a bibliografia final virá a incluí-la com uma identificação mais alargada. Neste caso, procede-se à referência elementar da fonte, indicando-se apenas o autor (nome seguido de apelido), o título (ou abreviatura deste) e a página. Exemplos:

António Sérgio, op. cit., p. 5; Luís de Pina, História Geral da Medicina, p. 25: R. Robin Baker e Mark A. Bellis, Human Sperm Competition, London, 1995, p. 60.

Embora nos identifiquemos com este critério de referenciação bibliográfica (nome próprio seguido de apelido), sempre que se trate de notas inseridas em rodapé, fim de capitulo ou de trabalho, há quem prefira iniciar a citação do autor posicionando o respectivo apelido (em maiúsculas) antes do nome próprio, seguindo-se os restantes elementos identificativos da fonte, exemplo: PINA, Luís de).

Em trabalhos científicos de autores americanos, sempre que se trata da primeira citação de uma fonte consultada, procede-se a uma referência bibliográfica elementar mais completa. À referência que designámos de «elementar» acrescenta-se também o local e a data da edição. Nas citações subsequentes da mesma obra e do mesmo autor faz-se apenas a referência mais simples.

Nota: Quando o trabalho é escrito em computador ou máquina electrónica, o sublinhado da segunda referência atrás exemplificada (usado para destacar o título da obra) pode ser substituído por uma maior densidade gráfica. Quando a identificação bibliográfica da fonte contém duas componentes, uma principal e uma secundária, o autor poderá optar por destacar a primeira a itálico e proceder a entre-aspamento da segunda.

1.3. Se citamos de um autor apenas uma obra, pode usar-se a seguinte norma de referência (sistema autor-data): Autor, ano de publicação e página(s) precedida(s) de dois pontos entre parêntesis. Exemplo: António Sérgio, 1977: 25.

1.4. Se há várias obras do mesmo autor com a mesma data de publicação ou com datas diferentes, pode também usar-se o «sistema autor-data». Neste caso, cada uma dessas obras aparece na bibliografia ordenada cronologicamente segundo o ano de publicação: para datas iguais, acrescenta-se ao ano de publicação uma letra do alfabeto, seguindo a sucessão normal. Exemplos:

Fontes Ribeiro, 1981a: 33; Fontes Ribeiro, 1981b: 50; Fontes Ribeiro, 1981c: 79; Fontes Ribeiro, 1981d: 77-9.

Esta modalidade permite-nos poupar espaço, simplificando o texto e eliminando referências bibliográficas. Pressupõe-se, no entanto, que cada uma destas obras seja completamente referenciada na Bibliografia final.

1.5. As citações podem ser, quanto à elaboração, formais ou conceptuais.

Formais: quando se transcrevem fielmente as palavras de outrem. As palavras omitidas deverão ser substituídas por três pontos entre parêntesis (...).

Tratando-se de citações ou transcrições formais, sempre que o autor ou compilador pretenda acrescentar palavra(s) ou frase(s) julgada(s) úteis a uma melhor compreensão do texto, deve rodeá-las de parêntesis rectos [ ]. Exemplo: «A seu conselho, iniciou-se a hospitalização e o isolamento de grande número de doentes, com vista a (...) tranquilizar [tanto] quanto possível os espíritos».

As citações formais mais extensas (além de 4 linhas dactilografadas) podem prescindir do entre-aspamento habitual quando postas em evidência relativamente ao restante texto pelo recurso a marginações , espaçamentos distintos ou caracteres de tamanhos e densidades gráficas diferentes.

Conceptuais: Quando se reproduzem ideias de outrem por palavras próprias. Enquanto as formais devem ser sempre colocadas entre aspas, as conceptuais não necessitam destas referências; umas e outras devem, porém, ser citadas em nota de pé de página (fim de capítulo ou de trabalho).

  1. Abreviaturas
  2. Nas citações. mais raramente no texto, recorre-se a abreviaturas (consideradas indispensáveis) para evitar a repetição de palavras frequentemente utilizadas. As mais usadas são:

    AA.VV, AAVV: autores vários

    Ap. (Apud): segundo; citado por; junto de.

    Na fonte a que se tem acesso podem colher-se citações formais ou conceptuais de outros autores e obras consultados e ali referidos. Ao servirmo-nos dessas citações devemos identificá-las pelo recurso a esta abreviatura (apud) que se colocará entre a fonte original (autor e/ou titulo) e a fonte consultada (autor, título, página(s)de citação.

    Exemplos: Ap. Luís de Pina, História Geral da Medicina, p.35; Pedro Hispano, Súmulas Lógicas, apud Luís de Pina, op. cit., p. 35; ou então: Pedro hispano, apud Luís de Pina, op. cit., p. 35.

    Cfr., cfr.: confira: ver também.

    Exemplos: Cfr. Luís de Pina, op. cit., p. 36; Cfr. Anexo IV; Cfr. infra; Cfr. supra.

    n.b.: Tanto infra como supra devem ser seguidos de número da página(s), linha(s), ou outra nota de rodapé.

    Exemplo: Cfr. item 1.1 supra, p. 7, ou Cfr. supra n. 7

    Et al. (et alii): usa-se quando há dois ou mais autores e apenas citamos o primeiro. Há quem use esta abreviatura depois de citados os 3 primeiros autores.

    Exemplos: Brune, Paul, et. al; (Mendes et. al., 1976: 14); Sousa, José de, et al.

    Ibid., (Ibidem): no mesmo lugar. Indica que a informação incorporada no texto (seja ela formal ou conceptual) foi extraída da mesma obra e da mesma página citadas na nota imediatamente anterior.

    Exemplos: Luís de Pina, op. cit., p. 44; Id.,ibid. [quando a referência é completamente igual à que a antecede]

    Id. (Idem): Id., do mesmo autor já citado.

    Exemplos: Luís de Pina, História listória Geral da Medicina, p. 1 ou Luís de Pina, op.cit., p. 1; ldem, p. 7 (É igual à referência anterior, exceptuando a página.)

    n.b. Esta última referência podia também escrever-se: Id., Ibid., p. 7.

    ln (In): dentro de.

    Usa-se para referenciar capítulos de livros, artigos, ensaios ou trabalhos publicados cm dicionários, enciclopédias, actas de congressos e colectâneas, em suma, publicações não periódicas.

    Exemplos: Marques, A. H. de Oliveira, «Demografia na Idade Média», in JoeI Serrão, dir., Dicionário de História de Portugal, Porto, Livraria Figueirinhas, 1985. vol. II, pp. 281-82; «Relações Gerais entre os Estados», in Reuter, Paul, Instituições Internacionais, col. Forum, Lisboa, Edições Rolim, s/d., pp. 163-82.

    Infra: ver abaixo, linha(s) ou página(s) adiante.

    Op. cit. (opere citato): citação extraída do mesmo lugar ou da mesma obra anteriormente citados, ainda que mediada por citações de outras obras e autores.

    P.,p. : página.

    Pp., pp.: páginas.

    Pp. … segs., pp. ... segs.: página n.° e seguintes.

    Pass.. passim: a cada passo, aqui e ali, em várias passagens. Substitui a referência à página quando a citação não é formal e apenas conceptual. Coloca-se a seguir ao título da obra e/ou do capítulo, citado(s) como referência.

    s.a.: sem autor.

    s/d.: sem data.

    s.e.: sem editor.

    Se o editor pode ser identificado, embora não apareça referido na publicação, coloca-se entre parêntesis rectos; na ausência de referência a editor poder-se-á identificar a tipografia.

    s/l., s.l.,sine loco: sem local.

    s/n., se., sine nomine: sem editor.

    s.n.t.: sem notas tipográficas, ou seja, quando o local, editor e data não constam na publicação.

    Sic: assim mesmo, tal e qual. Escreve-se (sic).

    Exemplo: Interpelado, gritou: «prefiro a morte»(sic).

    Supra: linha(s) ou página(s) atrás ou acima.

  3. Referências
    1. Livros referenciados em bibliografia final. Utilizam-se cinco tipos de referência. Embora todos eles possibilitem uma completa informação da obra, diferem na disposição de alguns dos seus elementos constituintes:

  1. Nome do autor (apelido ou sobrenome seguido do nome próprio), título da obra (destacado ou em itálico ou sublinhado), n.º de edição (se houver uma única pode prescindir-se desta informação), nome da editora, local de edição (sede da editora e não da tipografia), ano de publicação, número de páginas (não é indispensável) ou volumes, colecção entre parêntesis (colecção e n.°).
  2. Nome do autor, título da obra, n.° de edição, nome da editora, ano de publicação, local de edição, n.° de páginas ou volumes, (colecção e n.°).
  3. Nome do autor, título da obra, n.° de edição, local de edição editora, data, n.° de páginas ou volumes, (colecção e n.°).
  4. Nome do autor, título da obra, colecção e n.º, nº de edição, local de edição, editora, data, n.º de páginas ou volumes.
  5. Nome do autor, ano de publicação (ou edição), título da obra, local de edição, editora, n.° de páginas ou volumes [sistema autor-data]

Eis algumas referências bibliográficas exemplificativas dos cinco critérios supra-citados; de notar que, não se tratando de um verdadeiro quadro bibliográfico, as referências dispõem-se seguindo a sequência dos referidos critérios e não atendendo à habitual ordem alfabética de apelidos:

1. Hamilton, Edith. A Mitologia, 2.ª ed., Lisboa, Publicações Dom Quixote, 1979, 511 pp. (col. Univ. Mod.. 4);

2. Mira, Matias B. E. de, História da Medicina Portuguesa, Edição Empresa Nacional de Publicidade, Lisboa, 1974, 554 pp.;

3. Sartwell, e Maxcy-Rosenau, Medicina Preventiva e Saúde Pública, vol. 1, 2. ed.. Fundação Calouste Gulbenkian, 1979, Lisboa;

4. António Sérgio, Breve Interpretação da História de Portugal, 7ª ed. Lisboa: Sá da Costa, 1977, 164 pp.

5. Flacelière, Robert, Devins et Oracles Grecs, col. Que sais-je n.° 939, Paris, Presses Universitaires de France, 1961, 125 pp.

6. Flacelière, Riibert, Devins et Oracles Grecs, Paris, Presses Universitaires de France, 1961, 125 pp. (col. Que sais-je, 939);

  1. Ruwet, Nicolas, 1967, Introdcution à la grammaire génerative, Paris. Plon, 250 pp.

8. Droz, Bernard, e Rowlev, Anthony, História do Século XX, 1ª ed., colecção Anais n.° 15, Lisboa, Publicações Dom Quixote, 1991, vol. 3, pp. 176-79.

9. Klaus M., Fanaroff, A. Care of the high-risk neonate. Philadelphia: WB Saunders, 973.

Observando os vários exemplos de referenciação bibliográfica supracitados, constatamos que o n.° 4, quanto à ordenação e pontuação, segue um critério diferente dos restantes. Neste caso, em particular, optamos por escrever o nome do autor contrariando a ordem atrás aconselhada. Gostaríamos de salientar que há quem considere na elaboração da bibliografia final a identificação do autor, não apenas, obedecendo ao apelido mas, segundo o nome pelo qual ele é mais conhecido entre os seus leitores. Assim, dentre os vários autores a serem citados em bibliografia, aos mais conhecidos (ou ilustres) não se alteraria a ordem do nome e apelido.

Exemplos: Alexandre Herculano,…;António Sérgio, ...; Basílio, João, ...;Castro, Augusto de Oliveira,…;Lopez Bravo, Juan, ...;Macedo, António, ...;Magalhães Godinho, Vitorino, ...; Miguel Torga, ...; Teresa de Ávila, Santa,…

 

Os nomes compostos ligados por hífen e nomes de autores Santos e Santas devem ser referidos tal qual são conhecidos. Do mesmo modo, apelidos compostos, em que o último apelido é «Júnior» ou ..«Senior», seguem a mesma regra.

 

Com excepção da última referência supra, o critério presente nos outros exemplos (também não aconselhado pela mesma norma) revela-se muito subjectivo e pode conduzir a exageros de interpretação e de identificação bibliográfica. Para obstar tal situação sugerimos que seja seguida a ordem alfabética de apelido(s), salvaguardando apenas os considerados apelidos compostos. os quais não se devem naturalmente separar’.

Exemplos: Anger-Egg, Ezequiel, ...; Basílio, João, Bravo. Juan Lopez,…; Castelo-Branco, Camilo..;Castro, Augusto de, ...; Godinho, Vitorino Magalhães, …; Herculano, Alexandre, ...; Reis Júnior, José,…; Sérgio, António, ...; Teresa de Avila. Santa, .…

3.2. Artigos em publicações periódicas. Encontram-se referenciados de várias maneiras:

1) Nome do autor (apelido seguido de nome), título do artigo (entre aspas ou em itálico), nome da publicação, n.° de volume (tomo ou capítulo), fascículo(s) entre parêntesis, data e página(s).

Exemplo: Nogueira, Brás de J., As Correntes Filosóficas do Século XVII e a sua Influência, Separata de A Medicina Contemporânea, Lisboa, vol. 2 1(2), 1941, pp. 125-29.

2) Neste caso que a seguir se exemplifica, apenas o local e o volume (fascículo) sofrem outra ordenação.

Exemplo: Nogueira, Brás de J., (...) A Medicina Contemporânea, vol. 21(2), Lisboa, 1941, pp. 125-29.

3) Autor(es), título do artigo, título da publicação, responsabilidade secundária (facultativa), local, editor, mês(es) e ano, localização na publicação (vol. e fase., p.).

Exemplo: Goddard, Paul R., «Indicações para os Estudos do Tórax com Radionuelidos», Doenças Respiratórias na Prática Clínica, Dir. por José Luís Boaventura, Lisboa: Editora de Revistas e Livros, Abr./Jun. 1988, 1(1), pp. 27-34.

4) Autor(es). título do artigo (entre aspas), título da publicação (sublinhado ou itálico), local, volume, fascículo, se o houver (entre parêntesis), páginas (inicial e final) do artigo separadas por hífen e precedidas de dois pontos, mês(es) [se for(em) referido(s)], abreviado(s) e separado(s) por barra transversal, data de publicação do volume e/ou do fascículo.

Exemplo: Nogueira, Brás de J., «As correntes Filosóficas do (...)», Separata de Medicina Contemporânea, Lisboa, 21(l):25-8,Jul./Àgo., 1941.

Nota:o n.° de fascículos e os meses supracitados não são verdadeiros e apenas se tomaram como exemplo.

5) No caso de seguir o sistema autor-data, apenas se altera a disposição dos elementos referenciais.

Exemplo: Ribeiro, C. A. Fontes (1988), «Particularidades da terapêutica medicamentosa na terceira idade», Revista Portuguesa de Medicina Geriátrica, Lisboa,1: 6-11.

6) Nas duas referências seguidamente expostas (dos mesmos autor e obra) os elementos referenciais seguem a mesma pontuação usada nos dois primeiros exemplos citados na página anterior (não concordante com a NP). No que diz respeito à série e à posição que ela pode assumir na identificação bibliográfica, só a 1ª referência é concordante com a NP.

Exemplo: Coelho, Jacinto do Prado, «Garret Prosador», Revista da Faculdade de Letras de Lisboa, série, 1955, 21(1), pp. 35-45: Coelho, Jacinto do Prado, «Garret Prosador», Revista da Faculdade de Letras de Lisboa, 1955, 21(1),pp. 35-45 (2ª série).

3.2.1. Artigos de jornais e revistas. Referenciam-se do seguinte modo: Autor (apelido e nome); o título do artigo (em itálico ou entre aspas), o qual pode iniciar a referência caso não conste o nome do autor; título da publicação em série (jornal) e rúbrica eventual; ano, mês e dia da publicação; n.º da publicação (entre parêntesis); n.° da(s) página(s) em que se insere o artigo; coluna(s) ocupada(s) pelo artigo [facultativa(s)]

Exemplos: Simões, Oliveira, «As casas para operários», Semanário A Voz do Operário, 1913, Nov. 23 (1.778), p. 1, cols. 1-3; «Tabac, économie et santé dans les paysn africains», Chronique OMS, Genève, 1985, 39(3), p. 112 ; Soter, N. A., Waserman, S. L., e Austen, K. F., Cold Urticaria. N. England J. Med 1976; 89: 34-46.

Logo que se opta, no início do trabalho, por um dos tipos de referência apontados para livros, publicações periódicas, manuscritos e demais fontes consultadas, deve-se procurar seguir um critério uniforme, relativamente à ordenação, pontuação e «fisionomia referencial», no quadro bibliográfico final.

O autor pode ainda informar o leitor, numa advertência inicial, sobre o critério de referenciação bibliográfica escolhido.

3.3. Manuscritos

3.3.1. Manuscritos não publicados

Devem ser inseridos todos os elementos constantes na ficha que referência o documento): autor (se possível), título, data, arquivo e local onde se encontra.

Ordenando estes elementos de vários modos, surgem diferentes critérios de referenciação de manuscritos, usados em Bibliografia. Eis alguns exemplos de fontes manuscritas:

  1. ANTT, Núcleo Antigo. n.° 750, (fIs 1-2, «Livro da Despesa de Diogo de Évora»(1516.Abril.3, Setúbal)
  2. AUC,Macedo, Diogo Rangel de, Nobiliário, vol. 4 (colecção Pombalina. Códice 404).B
  3. GUC, Ms 3058, Belisário Pimenta. Os Batalhões Académicos de Coimbra [disponível na Biblioteca Geral da Universidade, Coimbra, Portugal.]
  4. BGUC, Ms 3059. (fls. 1-24, Francisco de Sousa Coutinho, Cartas escritas de França a el-rei D. João IV, 1651, 25 fls. [disponível na Biblioteca Geral da Universidade, Coimbra, Portugal].
  5. BNL, Códice Àlcobacence n.º 208 Livro dos Usos da Ordem de Cister, fls. 61-02v.

Nota : repare-se na ordenação alfabética dos Arquivos e Bibliotecas. Este aspecto é habitual quando se cede à apresentação da bibliografia segundo fontes manuscritas e impressas. Relativamente à ordenação, apenas os exemplos 1, 3 e 4 são concordantes com a NP.

3.3.2 Manuscritos publicados

Eis alguns exemplos de referenciação bibliográfica:

1. ANTT, Núcleo Antigo, n.° 750, fls. 1-2, «Livro da Despesa de Diogo de Evora» (1516.Abril.3, Setúbal), [publicado por Padre Avelino de Jesus da Costa, Album de Paleog. e Diplom. Portug.. 4.ª ed., Coimbra, Edição da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, 1983, vol. 1, Doc. n.° 169].

2.«Livro da Despesa de Diogo de Évora» (3 de Abril de 1516, Setúbal) publicado por Padre Avelino de Jesus da Costa, in Album de Paleografia e Diplomática Portuguesa, 4ª ed., Coimbra, Edição da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, 1983, vol. 1. Doc. n.° 169 [ANTT, Núcleo Antigo, nº 750, fls. 1-2, Lisboa].

3. Carta de D. João I» (10 de Janeiro de 1392), ANTT, Chancelaria de D. João I, L. 2. fl. 63v, publicado por Dias Dinis, Estudos Henriquinos, Coimbra, 1960, vol. I, n.° 4. P. 377.

Nota: dos três exemplos supracitados, o último, não concordante com a NP, é o que nos parece mais correcto relativamente à ordenação e pontuação dos elementos de referenciação bibliográfica.

3.4. Outros documentos históricos não publicados (cartas, ofícios, circulares, etc.). São referenciados segundo os mesmos critérios usados para os manuscritos no item 3.3, supra.

    1. Documentos de arquivo (testamentos, actas, actos notariais, etc.). Eis alguns exemplos elucidativos deste tipo de referenciação:
    2. 1. ANTT, Rol das Igrejas do Padroado Real, s/d.. Gaveta XIX, Maço 1, 18 fls. [disponível no ANTT, Lisboa. Portugal]:

      2. AUC, Escritura de Venda de Doningas de Matos a António Francisco. 1.Fev. 1647, Tabelião Sebastião Pinto, L. 1133, fls. 97-8 [disponível no Arquivo da Universidade, Coimbra, Portugal].

      Nota: os dois exemplos anteriores são ambos concordantes com a NP, excepto no que diz respeito à pontuação e à numeração das folhas (do ex. 2].

    3. Trabalhos, ensaios e outros documentos nunca publicados
    4. Devem conter na sua identificação:o(s) nome(s) do(s) autor(es), o título, a data e quaisquer outras notas identificativas. Exemplos: Mendes, José Caria, A Anatomia de um Fémur Pré-Histórico, 1989, XV + 78 pp. (trabalho não publicado, cedido por José Caria Mendes) .

      Nota: esta referência é concordante com a NP, excepto no que diz respeito à pontuação.

    5. Material iconográfico.

Todo o documento é susceptível de ser identificado. Este tipo de fonte segue as mesmas normas de referência já citadas. Sempre que possível deve apontar-se o nome do autor.

Exemplo: Caricatura de Bernardo Marques. O Século, Lisboa, 16-09-1926, p. 2.

3.8. Documentos de natureza legislativa e judicial (leis, decretos, declarações, despachos. portarias, acordos. etc.)

Exemplos: Acordo Luso-Espanhol sobre Recursos Hidnemis. Lisboa: Ministério da Indústria, 1996, pp.20-22;

Diário do Governo n. 30/12. (1912-02-13) 150-159;Decrcto n.° 465/14. (1914-05-06)17-20;

Decreto-Lei n.° 191/88. DR / Série. 130 (88-06-08) 3400-3402.

Portaria nº 1080/88. DR I Série. 278 (88-11-06) 3200--3203.

3.9. Actas de congressos. jornadas, seminários, mesasredondas

Exemplos: Congresso de Medicinas Alternativas. 2, Lisboa, 1997 — Filoterapia, um recurso milenar: actas. Lisboa: Edições Compendium, 1998;

Jornadas Ibéricas de Pediatria,3,Lisboa, 1995: Direcção Geral de Saúde-Divisão de Saúde Infantil [1996].

-----------------

N.B. Este Guia é baseado em João José Cúcio Frada, Guia Prático para a elaboração e apresentação de trabalhos científicos, Lisboa, Ed. Cosmos, 1999.

A abreviatura NP representa Norma Portuguesa para Referências Bibliográficas, Lisboa, Instituto Português da Qualidade, MIE, 1994.